Dedico este quinquagésimo post a você que nunca levou esse blog a sério.
A você, que riu de minhas postagens. A você, que zombou de meus excruciantes e ridículos atos de abrir o coração. A você, que pensou em como eu era um imbecil por escrever sobre dores de cotovelos e opiniões retrógradas. A você, que em toda a sua sapiência se pôs a declarar com todo o fervor seu escárnio quanto ao meu relacionamento virtual.
Se você se encaixa nos quesitos acima, você é um idiota.
Por que entenderia o motivo pelo qual fiz esse blog? Você não sou eu. Eu não quereria ser você. Nunca, jamais. Quando entenderá isso, hein? Quando entenderão isso? A coisa de que mais tenho orgulho é de ser quem eu sou. Com todos os defeitos (que podem ser extirpados), com todas as virtudes. Com todos os modos de pensar, tão escarnecidos, tão criticados, tão...
O blog me ajudou a ter coragem em admitir aos quatro ventos quem eu sou e no que acredito.
Na busca eterna das respostas eu encontrei meus meios-termos, tão ligados à ética do equilíbrio aristotélico. Longe do extremismo, uma virtude pautada entre excessos e deficiências, uma gama de opiniões condizentes ao mesmo tempo com a fé que expresso e minhas observações de mundo. Mais do que isso, a oportunidade de ser sincero de uma forma que eu sei que não poderia ser na vida real, dada as minhas limitações em termos emocionais e comportamentais.
Também encontrei aqui um mini-diário, um espaço de registro de algumas das minhas atividades, até do meu crescimento enquanto pessoa lá em Aracaju. Não, não exporei 100% de minha vida aqui. Não o faria aqui, nem em qualquer outro lugar. Sou bem seguro quanto a isso, e já errei demais expondo alguns dos meus segredos para persistir nesse erro. Mas me sinto melhor em fazer isso sem me perguntar tanto sobre como vão me julgar.
A você que acha esse blog uma idiotice, jamais dedicaria esse texto a você. Foi apenas um meio que usei pra te xingar mesmo.
Dedico a um amigo que me deu o incentivo para poder criar esse blog. Valeu, cara. Você veio me perguntar se eu estava bem e pôde não apenas me ouvir, como me aconselhar. Você partiu de sua própria experiência para de alguma forma me ajudar. Quase quatro meses se passaram, e eu realmente não esqueço de que o incentivo veio de você. Muito, muito obrigado. O blog não existiria sem você.
Li há algum tempo que um indivíduo demora em média 17 meses pra superar o término de um namoro. Wow, isso é muito tempo. Não sei se a informação procede, só sei que aquele "expurgo de um coração partido" que coloquei como descrição deste blog está perto de se concretizar finalmente. Eu estou feliz e satisfeito. Tenho novos desafios, novas visões, novas opiniões, novos modos de ver este mundo tão paradoxalmente horrendo e belo. Os dias vão e vêm, mas eu estou firme sobre a Rocha.
Que venham mais 50 posts. E outros 50. E tantos outros mais, enquanto meu coração estiver presente nessas palavras.