sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Dedicatória.

Dedico este quinquagésimo post a você que nunca levou esse blog a sério.

A você, que riu de minhas postagens. A você, que zombou de meus excruciantes e ridículos atos de abrir o coração. A você, que pensou em como eu era um imbecil por escrever sobre dores de cotovelos e opiniões retrógradas. A você, que em toda a sua sapiência se pôs a declarar com todo o fervor seu escárnio quanto ao meu relacionamento virtual.

Se você se encaixa nos quesitos acima, você é um idiota.

Por que entenderia o motivo pelo qual fiz esse blog? Você não sou eu. Eu não quereria ser você. Nunca, jamais. Quando entenderá isso, hein? Quando entenderão isso? A coisa de que mais tenho orgulho é de ser quem eu sou. Com todos os defeitos (que podem ser extirpados), com todas as virtudes. Com todos os modos de pensar, tão escarnecidos, tão criticados, tão...

O blog me ajudou a ter coragem em admitir aos quatro ventos quem eu sou e no que acredito.

Na busca eterna das respostas eu encontrei meus meios-termos, tão ligados à ética  do equilíbrio aristotélico. Longe do extremismo, uma virtude pautada entre excessos e deficiências, uma gama de opiniões condizentes ao mesmo tempo com a fé que expresso e minhas observações de mundo. Mais do que isso, a oportunidade de ser sincero de uma forma que eu sei que não poderia ser na vida real, dada as minhas limitações em termos emocionais e comportamentais.

Também encontrei aqui um mini-diário, um espaço de registro de algumas das minhas atividades, até do meu crescimento enquanto pessoa lá em Aracaju. Não, não exporei 100% de minha vida aqui. Não o faria aqui, nem em qualquer outro lugar. Sou bem seguro quanto a isso, e já errei demais expondo alguns dos meus segredos para persistir nesse erro. Mas me sinto melhor em fazer isso sem me perguntar tanto sobre como vão me julgar.

A você que acha esse blog uma idiotice, jamais dedicaria esse texto a você. Foi apenas um meio que usei pra te xingar mesmo.

Dedico a um amigo que me deu o incentivo para poder criar esse blog. Valeu, cara. Você veio me perguntar se eu estava bem e pôde não apenas me ouvir, como me aconselhar. Você partiu de sua própria experiência para de alguma forma me ajudar. Quase quatro meses se passaram, e eu realmente não esqueço de que o incentivo veio de você. Muito, muito obrigado. O blog não existiria sem você.

Li há algum tempo que um indivíduo demora em média 17 meses pra superar o término de um namoro. Wow, isso é muito tempo. Não sei se a informação procede, só sei que aquele "expurgo de um coração partido" que coloquei como descrição deste blog está perto de se concretizar finalmente. Eu estou feliz e satisfeito. Tenho novos desafios, novas visões, novas opiniões, novos modos de ver este mundo tão paradoxalmente horrendo e belo. Os dias vão e vêm, mas eu estou firme sobre a Rocha. 

Que venham mais 50 posts. E outros 50. E tantos outros mais, enquanto meu coração estiver presente nessas palavras.

4 comentários:

  1. "Mais do que isso, a oportunidade de ser sincero de uma forma que eu sei que não poderia ser na vida real, dada as minhas limitações em termos emocionais e comportamentais."

    Me identifiquei com a frase acima :D

    Não o conheço pessoalmente, mas achei o seu blog graças a um amigo em comum, e mesmo não o conhecendo, tenho uma admiração por você e pela forma e\o que escreve!
    Que venham mais post's, pois realmente é muito interessante ver os seus pontos de vista e situações particulares que expõe aqui.

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    1. Taina, não fazes ideia de como se feedback me alegra. É até estranho pensar em alguém que não conheço pessoalmente e que tenho visto acompanhar meu blog e deixar sua contribuição com comentários que mui me regozijam e com os quais me identifico sempre. Você é com certeza um grande incentivo para que eu possa continuar a expressar minhas visões de mundo aqui no blog! Muito, mas muito obrigado.

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  2. Hoje foi a sua vez de me escrever.
    E me encantar!

    Meu amor, você foi um dos melhores presentes que 2013 (e o GdT :v) trouxeram pra minha vida. Obrigada!

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    1. Meu amor, fico grato por retribuir um pouco do que você (ainda que inconscientemente, de início:v), fez por mim. A recíproca é verdadeira. Você é uma amiga tão leal, honesta e amorosa que eu sinto prazer em conversar contigo, em ouvir suas palavras. Eu que digo: obrigado!

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