quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O Dragão Renasce e uma nova história me cativa.

Finalmente, após muitas idas à Saraiva (é o único jeito de ler livros na minha atual condição, and i regret nothing)eu terminei O Olho do Mundo. E preciso compartilhar todas as emoções que tive lendo essa obra fantástica com vocês.

Primeiro, deixe-me dizer que desde que li A Crônica do Matador Rei nenhuma série me chamara tanto a atenção assim. É uma coisa visceral, mais forte do que eu. Eu sabia que ia ler um livro incrível, e não estava errado. Os críticos que diziam ser essa a maior obra de fantasia desde O Senhor dos Anéis, eles estavam certos. Aliás, se você ama o universo de Tolkien vai amar A Roda do Tempo. Não, Robert Jordan não copiou a Terra-Média - há referências, situações, personagens, um bocado de coisas que lembram realmente LOTR, mas não ao nível de plágio, não mesmo. Ouso dizer que Jordan criou um mundo tão fascinante e complexo quanto, o tipo de universo no qual você imerge sem perceber e só quer saber mais e mais dele, vê-lo em toda a sua extensão. É absolutamente épico.

Devido a minha influência de ASOIAF, eu realmente fiquei extasiado quando soube que esses livros usavam o modelo de pov (point of view). Entretanto, isso é feito de uma forma diferente. 80% do livro é narrado por Rand Al'Thor, o protagonista, e só há uma mudança de narrador lá pra página 300, quando seu amigo Perrin e a Sabedoria Nynaeve também passam a narrar alguns capítulos. Imagino eu que os demais personagens (e outros por aparecer na saga)terão seus momentos  de narrativa nos próximos livros. (Ps.: o fato do livro ter terminado com uma nova narradora foi brilhante, e só me deixa ansioso pelas continuações).

Acho que nem preciso entrar em detalhes sobre a história. Mas ela é completamente envolvente, apesar do tamanho deste calhamaço. Segredos permeiam os personagens (alguns nem sabem de seus próprios segredos), o que é claro, te faz devorar ainda mais a história.A escrita de Jordan é sem igual, ao mesmo tempo em que revela uma simplicidade fascinante e envolvente também é bastante detalhista (sem soar chato ou excessivamente minucioso), mas como quer que seja ela é viciante. O modo como ele conta as histórias do passado deste mundo que criou é um dos pontos mais fortes do livro. Minha paixão por História faz com que eu seja cativado pelos contos dos grandes impérios e personagens mostrados ao longo d'O Olho do Mundo. 

E os personagens, mesmo que não exibam o "cinza" e as complexidades psicológicas dos de ASOIAF (que mantém-se no topo nesse quesito)são tremendamente apaixonantes. Como não se impressionar pelas habilidades do Guardião Lan, ou rir do mau humor constante de Nynaeve? Tremer diante dos sonhos com o Tenebroso, cujas poucas aparições já o firmam como um grande vilão da Alta Fantasia? Quero muito ver o que vai acontecer com nossos protagonistas e os vários coadjuvantes que aparecem e desaparecem.

Em suma, esse livro é uma obra-prima, altamente recomendada. Dá um pequeno calafrio de saber que vão chegar ainda mais 13 volumes, mas de onde quer que esteja meu saudoso Jordan, quero que saiba que você ganhou mais um fã.

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