sábado, 28 de setembro de 2013

Diminuído.

Estão zoando você, meu amor. Estão zombando do nosso relacionamento, porque foi virtual, porque tecnicamente pra existir tinha de ter havido um prévio contato físico, pelo menos.  Fazem piadinhas com seu apelido, printam nossos comentários, irritam-me de propósito, porque sabem que eu não gosto disso. Não respeitam a mim e a você, ao que tivemos, que embora tenha acabado deixou um legado e poderosos ensinamentos. 

O que eles entendem de mim? O que sabem sobre o que senti? Será que fui bem-sucedido em dizê-los que amei você mais do que amei qualquer outra menina em toda a minha vida, que mesmo separados por uma distância como esta entre Itapetinga e o Rio o que senti por você foi genuíno, real? Talvez não tenha lhes dado essa noção completa. Então parte do erro é meu, mas isso não minimiza a idiotice deles.

Por Deus, queria saber o que os motiva a me zoarem tanto. Será minha passividade, meu espírito de não-reação? Por que tem sido assim desde que era pequeno, desde o maternal, inclusive. Quer dizer, não sei se estas memórias que tenho daquele tempo são reais ou mera invenção da minha cabeça, mas de qualquer forma não são nada agradáveis. E ainda me chamam de chorão. Eu nunca derramei uma lágrima pelo que fizeram comigo. Nunca.

O problema é como me sinto diminuído perto dos meus próprios amigos. A amizade tem dessas coisas, mas eu sou do tipo que tende a supervalorizar o que fazem ou dizem de mal comigo. O que deveria ser uma brincadeira revela sequelas mais sérias. Eu sei que eu devia ignorar as idiotices deles, ligar meu "foda-se", mas simplesmente não consigo. Me importo. Faz parte deste meu espírito melancólico fleumático se importar com as opiniões negativas, mesmo que elas não sejam verdadeiras, muito mais do que com as positivas. Tenho dado atenção a isso desde sempre, e se fosse capaz de ignorá-las... ah, como minha auto-estima seria melhor. Mas não é. Ela é baixa, e ainda que vários zombem, façam piadinhas de mim, o único culpado por essa baixeza dela continua a ser eu mesmo.

Temo ser assim pelo resto da vida. O que preciso fazer? Cortar laços com meus próprios amigos pra não ser mais alvo das zombarias deles? Não acho que esse é o caminho. No fim, a mudança a ser feita é uma mudança interior, que preciso fazer em mim mesmo.

Mas de qualquer forma eu não permitirei que diminuam o que eu tive contigo, o que senti por você. Eu não sei dizer se este sentimento está morrendo, definhando dentro de mim, mas ainda que isso vem a acontecer eu me importarei sim com as resenhas deles. Nós acabamos, mas você continua a ser especial pra mim. Eu tirei lições valiosas de nosso curto e virtual relacionamento. Dizem que precisávamos desse prévio contato físico, do contrário nosso relacionamento não seria válido. Bom, aqui estamos nós pra provar que estão errados sobre isso. O legado dele não será maculado por meus amigos, quer eles respeitem isso ou não. Eu não serei permissivo sobre isso.

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