domingo, 22 de setembro de 2013

Tempos idos.

Sentiram saudades do blog nesses dois dias sem posts? Não? Tudo bem.

Estava ocupado, tendo vida social. Noooossa, nem é do meu feitio, né? Eu sei. também estava assistindo "Breaking Bad", perdendo a cabeça com essa série maravilhosa (sobre a qual ainda vou fazer um post ou vários para analisá-la). Mas enfim, reencontrei os amigos,  saí com eles, bati aquela velha resenha, visitei a antiga escola, matei um bocado a saudade.

Deus, como isso faz bem. É até bom sair da frente da tela de um computador pra se divertir, sabe? Dentro de seus parâmetros, é claro. Mas cara, foi bom fazer isso e estar de volta, como se fossem os tempos do colégio, ver que certas amizades não morrem, independentemente da distância, do quanto as pessoas podem mudar.

Mas não é só isso. Há um valor especial nesses reencontros que eu não seria capaz de descrever em palavras. Me faz relembrar esse período de 2010 a 2012, os dias do Ensino Médio, onde tantas coisas aconteceram comigo, onde mudei - para pior e para melhor. Mas acima de tudo onde formei laços inextinguíveis, relacionamentos que você sabe que quer levar pelo resto de sua vida. Não importa onde esteja, não importa quem venha a ser - saber que em algum lugar há um amigo, um velho amigo, isso importa e muito. 

É algo que não morre.

Minha facilidade de se relacionar, estranha e belamente em contraponto com minha introspecção, me faz criar laços de forma extremamente duradoura. Foi como meu professor de artes me disse: eu sou um cara sistemático, mas ao mesmo tempo passional. Significa que, embora eu seja receoso de se aproximar de uma pessoa e conhecê-la melhor - com a unanimidade dos casos sendo das pessoas se aproximarem de mim -, uma vez estabelecido um relacionamento com ela, ainda que no mínimo cordial, me devoto a este num extremo sentido de lealdade. Literalmente, mergulho de cabeça num relacionamento de amizade, num sentido de da minha parte estabelecer laços duradouros.

É engraçado, e ao mesmo tempo trágico, essa coisa da gente tantas vezes só ter uma noção de como algo foi valioso depois que deixamos de tê-lo. No caso de muita gente, assim como eu, bradamos aos quatro ventos o quanto desejamos que a escola acabe, apenas para que depois, quando acabar, reclamemos dessa saudade. Saudade das conversas, das tretas, dos professores (mas não todos), e acima de tudo, do companheirismo.

Vi minha sala de aula ficar dividida durante um período de cerca de um ano. Eu era um dos pouquíssimos que transitava tranquilamente entre os grupinhos, sem necessariamente ser acusado de pertencer a um. Minha postura neutra já é muito conhecida, é algo que pretendo manter pelo resto de minha vida. Por isso me irritava e entristecia ver brigas sem sentido. Mas a Gincana - ou melhor, nossa vitória - nos uniu. Por um objetivo em comum velhas inimizades foram esquecidas, mas acima de tudo foi bom ver que aquelas rixas podiam ser deixadas de lado. Não que os relacionamentos fossem perfeitos, apenas que o clima nos últimos meses de aula foi bem melhor do que nos tempos da treta. Não foi tarde demais, e por isso eu disse o que disse antes do resultado da gincana sair: "ainda que a gente perca essa gincana, já terá valido a pena porque nos unimos".

Olho pra trás e me prendo a um saudosismo. Dez meses preso em uma rotina sedentária, vendo seus colegas partirem para cada um seguir seu próprio caminho. E em breve serei eu a trilhar essa nova etapa. Novos laços, novas pessoas em minha vida. Não sei como as coisas vão ser lá em Aracaju, mas o amanhã a Deus pertence, e vivamos dia por dia. Não há necessidade de se deixar ser tomado por tais preocupações.

É só uma questão de jamais esquecer aqueles laços que fiz aqui. Do valor dos tempos idos, do peso de cada amizade em minha vida.

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