segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Interlúdio-Paredes

"Alguém certa vez disse que 'nada grita mais alto do que o som do silêncio'. Acho que foi Nipsey Russell" Todo Mundo Odeia o Chris

Fiz esse blog para que pudesse expressar tudo aquilo que vinha silenciando dentro de mim por tempos. Apesar de que a ideia dele já vinha de uns meses, foi necessário um pontapé para que o criasse. Portanto, mais do que um espaço de divulgação de minhas opiniões a respeito das coisas do mundo e da vida, é o meu meio de expurgar um coração partido.

Mesmo depois de quase três semanas o sentimento ainda continua. Esse processo é longo, não tem data definida pra acabar. É tão estranho e novo... nunca passei por isso antes. Mas essa ligação que eu tenho com ela é inexplicavelmente forte. É como se eu tivesse conhecido meu oposto polar no universo, a pessoa que é o que eu não sou. Poderá haver ser humano mais diferente do que eu? Creio que seja impossível. Enquanto que isso foi o que nos atraiu tão intensamente foi o que nos separou, no fim das contas.

Eu já tinha comentado aqui no meu texto "Faróis" sobre o quanto os conselhos dos meus pais me ajudaram, a ponto de terem me dado uma paz interior que eu não encontrava desde o dia em que meu namoro terminou, mas acho que não dei a ideia geral do quanto suas palavras de sabedoria me marcaram - talvez só possa demonstrar isso vivendo-as, aplicando de forma a evitar dores em futuros relacionamentos. 

Mas por ora, tenho de aprender como fazer pra lidar com essa confusão pós-rompimento.

O mais engraçado de tudo isso é o ciúme. Deus, que sentimento desgraçado... no fim das contas, é bom a gente sentir ciúmes do amado(a)? Até que ponto isso revela falta de confiança, obsessão? Bom, no meu caso o sentimento era intensamente recíproco. E como aprendi, a lógica não é necessária para sentir ciúmes. Às vezes basta uma piadinha para que você suba pelas paredes.

No fim das contas o ciúme é a máxima expressão da permanência do sentimento. O indicativo de que você não ainda não lidou direito com a situação, mesmo quando aquela alma não lhe pertence mais. Parece idiotice dizer isso, mas em se tratando de idiotices eu realmente sou muito bom. Mesmo que estes dois caminhos fadados a não seguirem juntos, eles se sincronizam de forma perfeita demais para que ignorem um ao outro, mesmo sozinhos.

Às vezes, quando penso que estou progredindo, algo acontece e me faz voltar dois passos atrás. Na tentativa de se adaptar a esta nova realidade, a esta maldita sina que expressei em "Desta eterna luta entre o espírito e a carne", sofro alguns reveses. É compreensível que isso aconteça, mas ainda assim não justifica que me estagne. Mas posso dizer com franqueza que estou bem melhor do que antes.

E eu creio que no fim das contas meu coração estará em paz.

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