quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O preço que se paga por ser você mesmo.

Eu realmente não me lembro de qual página do facebook peguei essa imagem. Droga. Mas foi de lá que eu tirei, antes que me acusem de violação de direitos autorais ou seja lá o que for.

No meu segundo post, "Matai o menino e deixai o homem crescer", eu dei uma breve pincelada acerca de como muitas vezes abdicamos de certos gostos e partes de nós mesmos em favor da padronização que a sociedade nos impõe, apenas pela necessidade de aceitação. Ontem eu estava pregando na minha igreja no culto dos adolescentes e novamente toquei nesse assunto, referindo-me à juventude aonde essa necessidade de aceitação é intensa e nos leva a fazer escolhas moralmente questionáveis, muitas vezes largando mão dos princípios que nos moldaram apenas para satisfazer e conquistar a atenção do outro.

Falar sobre esse assunto é meio que uma coisa batida, já. Mas é sempre importante se fazer esse questionamento, porque não são poucas as pessoas que dia após dia perdem a autonomia sobre si mesmas, abrindo mão de suas identidades, das características que a tornam únicas, em prol da massificação e padronização que estão nos sendo apregoadas.

Estamos em um momento crítico da sociedade. A imagem que eu postei faz referência exatamente a esse momento, e pasmem: a frase foi dita na primeira metade do século passado. Se naquela época já era conhecido esse modus operandi, que dirá hoje? Ainda assim continuamos a viver como se todo esse decaimento moral não importasse.

O que é normal pra você? O que você julga como sendo socialmente bem-aceito? Essa é uma pergunta de muitas respostas. Cada ser humano tem seu código ético e moral, suas regras. Entretanto parece-me que a cada dia que se passa a amoralidade cada vez mais toma conta. Eu já fui chamado de conservador, careta. Até por pessoas de quem eu gosto. O que é "normal" para um é a completa transgressão de valores para o outro. Eu não tenho orgulho do modo de pensar de certas pessoas, assim como eu sei que muitas desprezam minha visão de mundo. O que é certo e errado se torna cada vez mais relativo e mutável. Não abra sua boca pra dizer se a pessoa está certa em tomar certa atitude! Pedras serão lançadas contra você. Guarde a sua opinião se quiser viver Tudo é permitido; é proibido proibir. Somos livres. Mas o que é essa suposta liberdade, e porque ela morre quando o desejo morre? Já disse o grande poeta Pablo Neruda:

''Você é livre para fazer suas escolhas,mas é prisioneiro das consequências'' 


Somos seres hipócritas, rotuladores e pré-julgadores. Estamos constantemente sujeitos às pedras dos outros, assim como levamos as nossas nas mãos. Ah, pra onde nós vamos, o que estamos nos tornando? Porque o ato de sermos nós mesmos nos custa tanto, quando cada um deveria ser livre pra ser o ser único que cada humano está destinado a ser? Será que nem mesmo as pesadas consequências que sofremos por nossos erros nos alertam?

Este é um mundo fadado ao fim. Antes do físico ou cataclismático, o moral e ético.

[ATUALIZADO]: Apesar do tom pessimista em que terminei esta postagem, acabei por encontrar uma maravilhosa tirinha no site Complexo Geek, de autoria do sempre brilhante Bill Watterson (o autor de Calvin & Haroldo). Apesar de que o foco dela reside sobre a vida profissional, a sua mensagem é válida para tantos outros aspectos de nossa vida. No caso de não lerem direito, eis aqui o link da página: http://complexogeek.com/2013/09/02/ter-sua-propria-maneira-de-viver-nao-e-facil/





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