segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Sinceridade, simplicidade, entendimento.

(Resenha originalmente publicada no skoob)

Todas as pessoas merecem um livro com o qual se identifiquem, uma obra que adentre o interior de sua alma e os convide à reflexão. No meu caso esta obra é "As vantagens de Ser Invisível", porque é tão honesto, arrebatador, triste e divertido que definitivamente é uma das melhores leituras que já fiz.

Já tinha assistido o filme, e foi a maravilhosa experiência de vê-lo que me levou a não deixar de consultar o material original. Tão soberbas foram as atuações de Logan Lerman, Emma Watson e Ezra Miller que eu não pude deixar de imaginá-los cada vez que via seus respectivos personagens fazendo alguma coisa no livro (um fator ajudado pelo fato da capa ser o pôster do filme, mania das editoras no Brasil).

É sempre um desafio transpor uma obra literária para o cinema, e este desafio é ainda maior quando o próprio autor o faz. Mas agora vejo que apenas Stephen Chbonky poderia fazê-lo. Afinal de contas, sua escrita é tão simples, intimista, transcendente e madura que não é difícil que nós nos sintamos como sendo o destinatário anônimo para quem Charlie envia suas epístolas. Ou, como outros usuários aqui apontaram, até mesmo o próprio Charlie. 

Por quê? Porque, como tantos outros livros juvenis, e usando aquele linguajar despojado e carinhosamente simplista, "As Vantagens de Ser Invisível" trata de temas caros à nossa geração, diversos estados de espírito com os quais adultos e adolescentes se identificam: o peso e a intensidade dos sentimentos, o preconceito, a sexualidade, as drogas, a necessidade de aceitação, a dinâmica dos relacionamentos, a introspecção. Esta última foi a que me fez "clicar" com esse livro. Até hoje meus pais reiteram como na minha primeira infância tinham de ir ao meu berço e verificar se eu ainda estava vivo, pelo fato de que eu não emitia som algum. Nem ao menos o choro: quando o fazia, era um som baixo, quase inaudível.

Por isso, quando protagonista se vê e é visto como um "invisível", eu entendo como ele se sente. E esse e outros motivos é que tornam esta obra tão especial. Era o livro direcionado a minha faixa etária que eu estava procurando. Espero que você encontre o seu,e caso o tenha encontrado, poderá entender como eu me sinto.

Com amor,
Vinícius 

Ps.:Eu tenho de dizer: amei a citação a Dusk, do Genesis, dentre as "Músicas de Inverno"! *-* ! É uma canção tão doce, tão pastoral e linda, que sua mera referência se sobressai às tantas à literatura pop no livro e só me faz amá-lo mais e mais!

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